NOSSA HISTÓRIA

Até 2001 eu não conhecia o mundo do rodeio, pois acreditava que era cruel para com os animais!

Até que conheci Anderson. Como peão de rodeio me fez ver que estava errada! Assim nasceu minha paixão pelo rodeio e com ela e sonho de ter uma Cia de rodeio.

Anderson deixou os rodeios, eu segui minha carreira de advogada e por anos o sonho ficou adormecido, até que resolvemos nos mudar para um sítio.

Adquirimos umas vacas leiteiras e Sorocaba (tucura mimado por quem me afeiçoei). Da brincadeira de que Sorocaba seria um sucesso no rodeio veio a coragem para investir em touros de rodeio!

Assim nasceu a Cia 2 Marias (homenagem à minha mãe e minha sogra, ambas chamadas Maria José).

Iniciou-se então um período de muito trabalho, repleto de erros e acertos, até que, em Maio de 2010 realizamos nosso primeiro rodeio em Castilho-SP, que veio acompanhado de muita empolgação e ansiedade!

Tudo deu certo e nossos meninos retribuíram nosso carinho e dedicação dando um show na arena. Assim vi realizado o sonho de 9 anos!

Desde então cada festa que participamos é especial, pois realizamos nosso trabalho com dedicação e paixão por este esporte que aprendi a amar!

PS: Sorocaba continua conosco!

Por Luciane Martins

12 de março de 2011

A HISTÓRIA DO BERRANTE

Os berrantes surgiram há mais de três séculos, época em que o próprio tropeirismo dava seus primeiros passos e talvez seja por isso mesmo que é tão difícil desassociar uma coisa a outra.
Ao nascer, o berrante tinha uma primeira função: ajudar os tropeiros a agrupar os animais. Os primeiros berrantes eram feitos do chifre do boi pedreiro - antiga raça surgida em meados de 1910 cujos chifres podiam chegar até 1,50m de comprimentos - mediam mais de um metro, eram fundamentais no transporte de boiadas de até 85 marchas e seu som era bastante grave. Em seguida surgiram os berrantes com anéis de prata, suas bocas mediam até 40 centímetros e eram utilizados para chamar vacas e bois para dar sal ou fazer transporte ou, ainda, quando a boiada estava pronta.
O som de um berrante, no silêncio do sertão, pode ser ouvido à 3km de distância!
Se fosse criado um glossário dos tropeiros, estradões seriam definidos como viagens, dias como marchas e o berranteiro seria conhecido como ponteiro. De acordo com a região do Brasil, berrantes podem ser chamados de: binga, guampa, buzina ou berrante.
O berranteiro nunca o carrega pendurado, trata o instrumento com azeite de mamona, jamais coloca bebidas alcoólicas e o mantém sempre limpo.

- Tipos de toques
Saída "Solta"
É um toque quando da saída da boiada do seu pouso. O capataz vai até a porteira para contar a boiada, enquanto o ponteiro (berranteiro) executa o toque.
Estradão 
Quando a boiada toma o corredor (estrada) e vai seguindo calmamente o ponteiro dá o toque de estrada. O som deste toque agrada muito a boiada.
Rebatedoro (Toque perigo ) 
É um toque utilizado para chamar um peão que esta no meio da boiada para vir junto com o ponteiro, no qual irá cercar uma encruzilhada, evitando assim que a boiada se separe ou para auxiliar quem está lá na frente em caso de uma situação de emergência qualquer. 
Queima do alho – (Almoço)
Neste caso o cozinheiro da comitiva vai à frente, umas duas horas aproximadamente, e quando acha um lugar ideal para o descanso da boiada, frequentemente à beira de um riacho ele pára para fazer o almoço. O ponteiro ao avistar o cozinheiro executa este toque para avisar os peões para adiantar a marcha da boiada. O boi também aprende este toque porque ele associa pelo condicionamento que vai descansar e beber água. 

Um comentário:

  1. Muito legal os tipos de toques do berrante, e a distância que ele pode ser ouvido no silêncio do sertão é grande né...tem q saber tocar mesmo...

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